Cirurgia das Amígdalas e/ou Adenóide

Sobre a cirurgia das Amígdalas e/ou Adenóide

No passado, a remoção das amígdalas e/ou adenoides era uma prática comum para tratar doenças relacionadas a essas estruturas. Atualmente, o número dessas cirurgias tem diminuído devido a um melhor entendimento do papel desses tecidos na imunidade local e sistêmica, além do reconhecimento da causa bacteriana subjacente e o uso de tratamentos medicamentosos apropriados. Apesar disso, a cirurgia para remoção das amígdalas e/ou adenoides ainda é frequentemente realizada em crianças.

O procedimento de remoção das amídalas é chamado amigdalectomia e das adenoides adenoidectomia e geralmente são feitas em conjunto: Adenoamigdalectomia.

Indicação? 

As razões mais aceitas para realizar essa cirurgia incluem:

Infecções recorrentes: Quando ocorrem seis ou mais episódios por ano, acompanhados de dor, febre e secreção. A cirurgia pode ser considerada mesmo com menos infecções, se estas levarem à hospitalização ou à formação de abscessos periamigdalianos.

Obstrução respiratória: Devido ao aumento das amígdalas e adenoides, que pode causar respiração pela boca, malformações craniofaciais, problemas de deglutição, ronco noturno e distúrbios do sono, incluindo a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono.

Sinusite recorrente/crônica: Em casos em que há obstrução nasal moderada ou severa devido ao aumento da adenoide, a cirurgia pode ajudar a melhorar o fluxo nasal e a drenagem de secreções.

Anestesia

A adenoamigdalectomia é um procedimento cirúrgico que dura em torno de 30 a 60 minutos e é feito sob anestesia geral.

Orientações 

Após a cirurgia, recomenda-se uma dieta líquida e fria por dois dias, evitando alimentos que possam prejudicar a cicatrização, como torradas e pipoca, por um período de 7 a 10 dias.

É importante que os adultos evitem fumar no pós-operatório, pois isso pode causar inflamação adicional e prolongar o tempo de cicatrização.

O uso de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos como terapia adjuvante depende da orientação médica e das condições individuais do paciente.

Recomenda-se aguardar de 7 a 14 dias após a cirurgia para retomar atividades físicas.

É comum que os pacientes recebam alta no mesmo dia da cirurgia, após um mínimo de 6 horas de observação hospitalar.

Durante os primeiros dias após a cirurgia, é comum sentir dor de garganta, dor de ouvido “reflexa” e febre.

Qualquer ocorrência de vômitos, desidratação ou sangramento deve ser comunicada imediatamente ao médico para que medidas apropriadas sejam tomadas.

Em resumo, a cirurgia das amígdalas e/ou adenoides é um procedimento seguro e eficaz quando realizada nas condições mencionadas, proporcionando uma melhora imediata na qualidade de vida do paciente.

Preparo

O preparo para a cirurgia das amígdalas e/ou adenoides envolve várias etapas importantes para garantir o sucesso do procedimento e uma recuperação tranquila. Aqui estão algumas orientações gerais:

Consulta pré-operatória: O paciente deve passar por uma consulta prévia com o otorrinolaringologista para discutir os detalhes da cirurgia, incluindo os riscos, benefícios e cuidados pós-operatórios. É importante esclarecer quaisquer dúvidas durante essa consulta.

Exames pré-operatórios: O médico pode solicitar exames de sangue, urina, eletrocardiograma ou outros exames específicos, dependendo da saúde geral do paciente e de quaisquer condições médicas pré-existentes.

Medicamentos: O médico pode instruir o paciente a interromper o uso de certos medicamentos alguns dias antes da cirurgia, especialmente aqueles que podem aumentar o risco de sangramento durante o procedimento. É importante seguir as instruções médicas sobre o uso de medicamentos.

Jejum: Geralmente, é necessário fazer jejum de alimentos e líquidos por um período de 8 horas antes da cirurgia. Isso reduz o risco de complicações durante a anestesia.

Preparação domiciliar: O paciente deve organizar sua casa para o período pós-operatório, garantindo que tenha os itens necessários para uma recuperação confortável, como alimentos leves, medicamentos prescritos, gelo, umidificador de ar (se recomendado pelo médico) e conforto adequado.

Acompanhante: É recomendável que o paciente tenha um acompanhante para levá-lo para casa após a cirurgia, já que pode haver efeitos residuais da anestesia e o paciente pode precisar de assistência.

Chegada ao hospital: O paciente deve seguir as instruções do hospital quanto ao horário de chegada e procedimentos de admissão. É importante chegar ao hospital no horário especificado para evitar atrasos.

Você deve chegar na recepção do hospital para a internação pelo menos duas horas antes do horário agendado para o procedimento indicado em jejum absoluto, inclusive de água, de oito horas.

Leve o “Termo de Consentimento” assinado e todos os exames pré-operatórios, inclusive imagens se for o caso e entregue para a enfermeira responsável.

Após sua admissão no quarto você será avaliado pelo anestesista, que poderá indicar uma medicação pré-anestésica. Esta medicação, quando indicada, não vai te fazer dormir, mas te deixa mais relaxado e sonolento.

O pai, mãe ou responsável pode acompanhar o paciente menor de idade até a entrada do Centro Cirúrgico.

O procedimento dura aproximadamente 40 minutos sob anestesia geral, mas deve-se acrescentar o tempo de preparo para anestesia e o tempo para acordar, estabilizar e ser encaminhado à sala e Recuperação Anestésica (RA), onde você permanecerá até que o anestesista considere que os sinais vitais estão estáveis e você esteja suficientemente acordado para ser encaminhado à unidade de internação.

A alta hospitalar acontece após, pelo menos, seis horas do fim do procedimento, desde que você não tenha qualquer intercorrência. Você será liberado somente com a presença de um acompanhante.

Vestimenta: O paciente deve usar roupas confortáveis e soltas no dia da cirurgia, facilitando a colocação do equipamento médico e proporcionando conforto durante o período de recuperação.

É fundamental seguir todas as instruções médicas cuidadosamente para garantir uma cirurgia segura e uma recuperação tranquila. Se surgirem dúvidas ou preocupações, é importante discuti-las com o médico responsável antes do procedimento.

Pós-Cirurgia

Nos dois primeiros dias em casa a dieta será líquida e fria como água, água de coco, suco, isotônico, leite, chá, sorvete cremoso, gelatina e sopa batida sem grânulos. Após os dois primeiros dias a dieta pode evoluir progressivamente para pastosa e morna até chegar na dieta sólida no final da primeira semana.

A perda de peso é considerada normal neste procedimento, mas devemos insistir na hidratação oral para evitar a necessidade de reinternação para hidratação endovenosa.

A medicação analgésica e anti-inflamatória será orientada pelo seu médico na medida da sua necessidade.

No retorno programado, seu médico considerará sua condição para retorno às atividades escolares e de trabalho, assim como atividade esportiva.